Capicua atua no próximo dia 22 de abril, pelas 21h00, no Cineteatro D. João V, na Damaia (Amadora), no âmbito do programa comemorativo do 49º aniversário do 25 de abril. Por esta ocasião, decorrerá ainda a cerimónia de Entrega do Prémio José Afonso 2021, o qual foi atribuído pelo júri, por unanimidade, ao mais recente álbum da artista - “Madrepérola”.
Sobre o álbum vencedor, o júri considera que este “é mais uma prova da atualidade do empenho crítico da artista, autora e intérprete Capicua, salientando, em particular, a qualidade das letras, a interpretação emotiva e a cuidada produção do álbum, que vem coroar uma carreira já significativa e cada vez mais reconhecida pela sua importância musical e social”.
O prémio José Afonso é promovido pela Câmara Municipal da Amadora, desde 1988, e tem como objetivo homenagear o cantor e compositor português José Afonso e incentivar a criação musical de raiz portuguesa, ao premiar um álbum inédito, editado no ano anterior ao da edição do prémio, cujo tema tenha como referência a cultura e a história portuguesas.
Para receber este prémio e celebrar Abril, Capicua volta aos palcos com um concerto que se dedica, sobretudo, ao repertório do disco "Madrepérola", no qual se misturarão também alguns excertos do livro "Aquário" (lançado em agosto de 2022). Este será o primeiro concerto de um número reduzido de datas, em eventos especiais, que Capicua irá realizar em 2023.
SOBRE O ÁLBUM "MADREPÉROLA"
Os singles “Madrepérola” ft. Karol Conka, “Último Mergulho” ft. Lena d’Água, “Planetário” ft. Mallu Magalhães e “Passiflora” ft. Camané, foram algumas das pérolas reveladas do novo trabalho de CAPICUA, “MADREPÉROLA”, antes da sua edição física e digital.
O álbum está repleto de colaborações surpreendentes que expandem o universo único de CAPICUA. Além dos nomes já citados, conta ainda com a participação de Catarina Salinas, cantando versos de Sophia de Mello Breyner Andressen em “A Minha Ilha”, com o ator Pedro Lamares em “Cartas a Jovens Poetas” e com o fadista Ricardo Ribeiro no tema “O Quadrado Perfeito”.
CAPICUA volta a juntar-se a Emicida e Rael (companheiros de “Língua Franca”) para o último tema do disco – “Mátria” que conta também com o rapper Rincon Sapiência.
E para celebrar, uma vez mais, a sua admiração por Sérgio Godinho, CAPICUA resgata o tema “Parto Sem Dor” (do álbum “Campolide” de 1979), para transformá-lo num refrão cantarolado, que acompanha uma letra emocional sobre a maternidade.
Ride, Stereossauro, Virtus, Minus, Pedro Geraldes, Holly, D-One, Branko e PEDRO, são os beatmakers responsáveis pelos instrumentais de “Madrepérola”.
“O disco chama-se ‘Madrepérola’ numa clara alusão à maternidade, já que foi gravado durante e depois de uma gravidez e foi ele próprio um processo de longa gestação. Como um parto, é um disco de superação e renascimento. ‘Ostra feliz não faz pérola’ é a frase (de Rubem Alves, autor e pensador brasileiro) que serve de abertura ao disco e ao seu primeiro single homónimo, precisamente porque as ostras só fazem pérola quando têm um grão de areia a incomodá-las. Vão cobrindo o grão de areia com uma baba e acabam por fazer uma pérola, numa metáfora perfeita para isto da gestão dos incómodos da vida e sua sublimação em arte e amor. A música e a maternidade têm tanto de beleza e abnegação, como de desconforto e superação. Não é por acaso que a ideia de ‘criação’ serve para a arte e para os filhos e este disco fala de tudo isso.”
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